quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não há mal que não venha por bem II

A enorme crise que assola o país continua a revelar alguns aspectos positivos... Agora, parece existir vontade de discutir seriamente o nosso "regime" de feriados. Portugal é um dos países no mundo que mais feriados tem. Com as tolerâncias de ponto, temos este ano 22 dias de inacção! Cada dia custa ao país, segundo estimativas publicadas, 32 milhões de euros devido à redução da produtividade.
Julgo ser necessário acabar com alguns feriados e deslocalizar outros para o dia útil mais próximo de um fim-de-semana.
Na primeira categoria eu acabaria com o feriado que hoje celebramos, o Corpo de Deus, com o 5 de Outubro e com o 8 de Dezembro. Dois destes feriados são religiosos e a maioria da população nem sequer sabe o que se celebra! Eu sou católico e tenho alguma dificuldade em saber o que cada um representa. No 5 de Outubro celebramos uma forma de governo, a República e independentemente de sermos, ou não, Republicanos, parece-me que podemos abdicar deste feriado sem grandes consequências na nossa identidade cultural.
Os restantes feriados religiosos, deslocaria-os para a sexta-feira ou a segunda-feira mais próxima, de maneira a que se acabasse com as "pontes". Não vejo problemas em que o Dia de Todos os Santos (1 de Novembro), o Dia da Nª SRª da Assunção (15 de Agosto) e os dias dos Santos Populares (S. Pedro, S. António e S. João) pudessem ser assinalados em dias de calendário diferentes. O Natal ficaria de fora desta "deslocalização".
No caso dos feriados em que se assinalam datas especificas, como o 25 de Abril, o 1º de Maio, o 1º de Dezembro, o 10 de Junho e o 1º de Janeiro deveriam continuar nos respectivos dias do calendário.
Penso ser uma proposta equilibrada e vantajosa para o país.

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