quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que se passa com o PSD?!

Nestes últimos dias, com a aprovação na especialidade do Orçamento de Estado para 2011, têm sido algumas as surpresas desagradáveis por parte do PSD.
Primeiro foi a viabilização da excepção à redução dos salários para as empresas públicas e/ou semi-públicas, colocada pelo PS à última da hora, e que passa a distinguir os funcionários do Estado em "filhos e enteados"... e a explicação esboçada pelo Governo não convence ninguém, pois é absolutamente imperceptível! Aquilo que era uma oportunidade para reduzir o enorme fosso entre ordenados milionários e ordenados de miséria que ainda vigoram na Função Pública corre o risco de ficar apenas pelas intenções.
Hoje assistimos a outra incongruência. Depois de andar, e bem, a clamar pela suspensão das Parcerias Público-Privadas, entre elas a construção do TGV, Aeroporto e 3ª Travessia sobre o Tejo, o PSD abstêm-se na votação de um projecto do CDS que justamente defendia essa suspensão!
Já agora, o que justifica que os refrigerantes mantenham a taxa reduzida de IVA? Será que a Coca-cola é um alimento básico no cabaz alimentar dos portugueses?!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Remodelação/Coligação

Nos últimos dias muito se tem falado da possibilidade/necessidade de uma remodelação e/ou coligação. Apenas com um ano de vida, este governo não merece a confiança de praticamente ninguém. Até dentro do partido que sustenta o governo, são várias as vozes que, publicamente, assumem a total descrença na capacidade da equipa liderada por José Sócrates. Também depois do que se tem passado, é difícil ter uma posição diferente. Metade do governo desapareceu e a outra metade passa a vida a contradizer-se! Com as últimas declarações de Teixeira dos Santos acerca da necessidade de ajuda externa, as declarações de António Mendonça que já ninguém leva a sério, os disparates de Augusto Santos Silva que se esquece que é Ministro da Defesa (o que o devia obrigar-se a alguma sobriedade nas intervenções), o descalabro nas despesas da Saúde criticado publicamente pelas Finanças, até o Ministro dos Negócios Estrangeiros vem pedir para ser remodelado! Se a tudo isto somarmos a total falta de credibilidade do Primeiro-ministro, pouco ou nada sobra!
A dificuldade numa remodelação e/ou coligação é acima de tudo José Sócrates. Alguém que tenha um mínimo de exigência ética não aceita fazer parte de um governo liderado por José Sócrates, nem aceita qualquer tipo de acordo com este porque não sabe se é para ser cumprido. Um novo Governo teria que passar necessariamente por um novo Primeiro-ministro. Mas não teria que passar necessariamente por eleições.
Fazer eleições em Março/Abril do próximo ano, quando a República inicia novo ciclo de endividamento (e que ciclo!), pode ser perigoso. Manter o actual Governo parece-me impensável! A solução passaria pelo PS indicar um novo Primeiro-ministro capaz de negociar com o PSD e o CDS um governo de coligação com a duração de pelo menos um ano. Muito mais tempo seria inaceitável para o PSD. Deste Governo não fariam parte nenhum dos líderes partidários, apenas personalidades indicadas por estes mas com estatura própria por forma a não serem apenas correias de transmissão. Todo o processo teria que ter, naturalmente, a aceitação do Presidente da República.
Não é a melhor solução para o PSD nem para o CDS e é a melhor solução para o PS, mas também é a melhor solução para o País.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Revelador


Enquanto uns se entretêm com escutas, com pedras, com fruta ou com café com leite, a equipa do FCP, no terreno do jogo, faz mais uma exibição de classe e prova a clara superioridade em relação ao maior clube do mundo....É a vida!



P.S- mais do que Di Maria ou Ramirez, julgo que a grande perda do clube da 2ª circular, em relação à época transacta, foi Ricardo Costa e a sua Comissão Disciplinar.

P.S2- A chegada da equipa da 2ª circular à cidade do Porto parecia uma chegada a Bagdad. Ridículo! Se por causa de umas pedritas é necessário tal show-off, será que o submarino Tridente vai ser mobilizado para evitar o incendiar dos autocarros dos adeptos do FCP, quando este se deslocar à capital?!

domingo, 7 de novembro de 2010

O acordo no Orçamento

O PSD, revelando uma enorme paciência, resolveu acordar com o PS algumas (pequenas) alterações à proposta de Orçamento para 2011, de forma a poder viabilizá-lo. Fez muito bem.
Há quem seja da opinião de que o PSD devia ter viabilizado o Orçamento sem qualquer negociação, eu sou uma dessas pessoas. No entanto, o acordo atingido teve benefícios reais para muitos portugueses e para o País. Fazendo uma análise fria ao acordo, só possível passado algum tempo sobre o mesmo, constato dois erros.
Limitar as deduções fiscais apenas nos dois últimos escalões do IRS é injusto. Os limites às deduções deviam ser aplicados aos 4 últimos escalões. Não se percebe como sujeitos com rendimentos superiores a 42.259 euros não tenham limite às deduções que podem fazer com despesas de educação, saúde e habitação. Não se percebe também como é que no último escalão, rendimentos superiores a 153.300 euros, é possível fazer deduções. No último escalão não deveria ser possível fazer deduções à colecta. Além de ser mais justo, a poupança com esta alteração permitiria manter o bónus de 25% no abono às famílias do 1º escalão que com esta proposta de Orçamento desaparece.
O segundo erro é a indefinição relativa às Parcerias Público-Privadas. Vão ser reavaliadas...muito bem. A dúvida que fica, após ouvir o Primeiro-ministro, é saber se vai ser feita uma reavaliação ou vai ser confirmada a avaliação feita anteriormente...Dependerá da qualidade e independência de quem for escolhido para fazer a tal reavaliação, sendo que nem todas as PPP's são negativas. A construção de hospitais, por exemplo, merece o esforço que possa ter que se fazer. Já a construção do TGV, um projecto ruinoso quer na construção, quer na exploração, não merece esforço nenhum!


P.S. Teixeira dos Santos revela-se uma desilusão, dia após dia...Não é que se propunha aumentar impostos para compensar a proposta do PSD de redução de ... impostos! Ridículo! Teve que ser o PS(!) a travar o seu Ministro da Finanças para que se possa verificar uma das grandes vantagens do acordo com o PSD, a redução da despesa orçamental em 500 milhões de euros! Estas atitudes somadas às erratas de 800 milhões de euros ao Orçamento e à execução orçamental de 2010 explicam bem a total falta de credibilidade do governo junto dos mercados, esses malvados que nos emprestam dinheiro ano após ano para que possamos gastar todos os anos mais do que produzimos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Debate do Orçamento

Terminou ontem o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2011. Muitos foram os que criticaram a crispação presente nas intervenções na Assembleia da República. Não é fácil manter o "sangue frio" quando se ouve a petulância com que o Primeiro-ministro mantém as suas manobras de ilusionismo politico e o tom arruaceiro dos comentários laterais dos Ministros Silva Pereira e Teixeira dos Santos. O problema é que os debates na Assembleia são vistos pelo governo como mais um espectáculo servido ao povo. No entanto e apesar de tudo, não se justificava a intervenção de José Pedro Aguiar Branco com um conteúdo pouco consentâneo com a sua própria habitual serenidade.


P.S- mais uma vez Pedro Passos Coelho faz um esforço de unidade convidando José Pedro Aguiar Branco e Manuela Ferreira Leite para intervenções de fundo no debate por excelência na A.R.Só lhe fica bem!