domingo, 30 de maio de 2010

Promulgação do Casamento Homossexual

A promulgação do diploma da Assembleia da República que alarga aos casais homossexuais o regime do casamento, causou, ao que parece, algum incómodo em alguns sectores da sociedade portuguesa.
No caso da Igreja Católica, percebe-se o desconforto verbalizado na posição do Cardeal Patriarca, curiosamente bem diferente do silêncio adoptado quando da aprovação da Lei do Aborto.
O que a Igreja, nem ninguém, pode ignorar é que a responsabilidade da aprovação da lei do casamento homossexual é da maioria absoluta de esquerda que existe no nosso Parlamento!
De que serviria o Presidente da República vetar a referida lei?! Serviria, concerteza, para abrir mais uma vez uma discussão na sociedade Portuguesa que iria distrair a população e os responsáveis governativos dos verdadeiros problemas que afligem os Portugueses! Ou alguém tem dúvidas de que o governo, com a cumplicidade dos partidos de esquerda e da comunicação social, iria transformar esta questão numa "guerra" com a Presidência, tentando aliviar a pressão que se verifica para que se tomem as medidas que se impoêm para resolver a situação dramática em que o país se encontra? Claro que há quem defenda que há valores mais importantes que devem ser defendidos independentemente de tudo o resto...é verdade...não me parece é que a exclusividade do Casamento Heterosexual seja uma delas. E no fim qual seria o resultado prático? A aprovação da lei.
Para além da hierarquia da Igreja Católica, aparecem algumas personagens, ditas oportunamente defensoras dos valores católicos e cujas vidas de católicas nada têm, que aproveitaram o momento para pequenos ajustes de contas em relação a um passado que insistem em não esquecer. Não passam de meia dúzia, que aproveitam para pôr em causa o exercício e a candidatura de Cavaco Silva. Como se tivessem capacidade e/ou credibilidade para o fazer.


P.S. Mais uma vez, Cavaco Silva falha na comunicação e não na decisão...quem aconselhou o Presidente a dirigir-se ao país em horário "prime-time" para comunicar a referida promulgação? E o que justifica que mais de metade da comunicação não esteja relacionada com a lei promulgada?! Uma comunicação à Assembleia da República teria bastado e sem o ruído causado pela comunicação ao país, talvez todos tivessem percebido as razões lógicas do Presidente na promulgação da lei.

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