FCP-SLB

O jogo de ontem veio confirmar aquilo que eu temia...um bom "pendura" não é necessariamente um bom condutor! Ao contrário de André Villas-Boas, Vitor Pereira aprendeu muito pouco do treinador principal com quem trabalhou! Ou muito me engano (oxalá!) ou este ano não será do Porto! São demasiados os equívocos cometidos pelo treinador...más substituições e tarde; equipa amorfa, má preparação física e mental. É certo que mais uma vez assistimos a uma arbitragem habilidosa, com uma dualidade de critérios disciplinares gritante, mas isso não explica a exibição intermitente do FCP. Mas não é só o treinador que tem "culpas no cartório"! Não se percebe que uma equipa como o Porto tenha como soluções para ponta-de-lança Kleber e ...Walter!
Resta-me a esperança de estar enganado....

Entrevista a Passos Coelho

O Primeiro-ministro concedeu hoje a sua primeira entrevista, enquanto tal, ao 1º canal da televisão pública. Mostrou-se determinado, inteligente e capaz. Pontos fortes foram, sem dúvida, a condenação expressa de Alberto João Jardim e o anúncio de que não participaria na campanha; a determinação com que afirmou que vamos cumprir com as reformas acordadas com a troika e distanciarmo-nos da Grécia e finalmente o anuncio do abandono do TGV! A substituição desta ligação por uma de elevada prestação, mais barata, sustentável e, muito importante, com uma componente de mercadorias é uma boa noticia e é óbvio! Espera-se que aproveitando os fundos comunitários para projetos transfronteiriços, possa avançar a eletrificação da linha de comboio Porto-Galiza e a ligação Porto-Salamanca, duas ligações essenciais, de grande utilidade e imcomparavelmente mais baratas do que qualquer aventura a Alta Velocidade!

Coerência

Não é possível fazer uma campanha nacional (e bem!) baseada na critica ao despesismo e ao regabofe financeiro que foi a gestão socialista de 13 dos últimos 15 anos e não ser igualmente critico em relação ao regabofe financeiro que foram as gestões de Alberto João Jardim na Região Autónoma da Madeira! É uma questão de coerência e seriedade intelectual. Mas o mesmo principio aplica-se na lógica inversa! Quem foi responsável pelo descalabro a que chegou o país não pode agora montar o "cavalo de batalha" do descalabro financeiro da gestão de Alberto João Jardim(AJJ), esquecendo o que andou a fazer nos anos em que foi governo...É por isso que as declarações de António José Seguro são ridículas...Pedir ao Primeiro-ministro para retirar a confiança politica a AJJ obriga a perguntar porque não fez o PS o mesmo a José Sócrates?!


P.S. Pedro Passos Coelho respondeu como devia, quem deve retirar a confiança politica a AJJ é o povo madeirense.

P.S.23/09: O tempo de antena que tem sido dado às eleições na Madeira e aos desperdícios de dinheiro de Alberto João Jardim começa a causar náuseas....pena não terem utilizado o mesmo critério para as eleições nacionais e para José Sócrates. Não faltaria matéria...

1,2,3 penaltis....inexistentes!

Qual será o estado de espírito de um árbitro para marcar 3, sim três, penaltis a favor de uma equipa, sendo que se o 1º é discutível, os outros são vergonhosos!? E como se não bastasse, depois de Cardozo ter falhado a 1ª grande penalidade, nem passado 1, sim um, minuto já estava marcada uma 2ª oportunidade! Isto é que é determinação....de Duarte Gomes.
Ai se fosse a beneficiar o FCP....caía o Carmo e a Trindade! Como beneficiou o Benfica, até o técnico do Guimarães (e ex-treinador das camadas jovens do SLB) revelou alguma «timidez» nas criticas...

Que país este!

Vivemos num país extraordinário! Depois de anos e anos de regabofe financeiro, todos defendem a necessidade de fazer cortes nos inúmeros benefícios que foram sendo multiplicados por esse país. Mas esta defesa tem um pequenino "mas"; os cortes devem ser feitos aos outros! Quando toca a cada um de nós a reacção imediata é que há sectores piores e que deviam começar pelos outros! É assim com as autarquias, com as empresas públicas, com os médicos, com os professores, etc...
Um excelente exemplo verificou-se ontem. Os inúmeros comentadores que pululam pelas nossas televisões, comentando até à exaustão as medidas tomadas, ou não, pelo governo e normalmente apoiando-as e catalogando-as como indispensáveis, quando se vêm minimamente atingidos reagem desaprovando a actuação do governo das mais variadas formas. O fim das deduções fiscais com saúde, educação e habitação decidido para os dois últimos escalões do IRS parece-me de óbvia justiça relativa para com os restantes escalões. O aumento do IRS para o último escalão é também da mais elementar justiça se verificarmos os sacrifícios que têm sido impostos aos portugueses! O problema é que estas medidas atingem um sector que até agora passava ao lado dos cortes e é neste sector que se encontram jornalistas e os inúmeros comentadores televisivos e estes, que apoiaram aumentos dos transportes, aumentos das taxas moderadoras, congelamento de salários na função pública, cortes nos inúmeros subsídios existentes, ficam agora muito indignados com estes aumentos!
Não vai ser nada fácil ao governo levar a bom termo a enorme tarefa que tem pela frente...