A insustentável imcompetência do Governo

Em Fevereiro deste ano o Governo apresentou na Assembleia da República, para votação, uma resolução de apoio ao chamado Plano de Estabilidade e Crescimento I. Na altura, a líder da oposição, Manuela Ferreira Leite, avisou que as medidas apresentadas não bastaríam para que Portugal cumprisse com as suas obrigações. Foi apelidada de todos os impropérios possíveis e, contra a vontade do Grupo Parlamentar do PSD, viabilizou a referida resolução. Passados alguns meses, em Maio, com o agravar das condições financeiras e económicas, houve necessidade de apresentar um PEC II e mais uma vez o Governo anunciou que as medidas eram suficientes, vigorariam de forma temporária até ao fim de 2011, seriam acompanhadas de uma igual diminuição na despesa e mais uma vez o PSD viabilizou a vontade do Governo.
Apesar do enorme aumento de impostos, do corte nos benefícios aos mais carenciados, e apenas 4 meses depois, lá vem o Governo falar outra vez de aumentos de impostos! A redução da despesa foi nenhuma, pelo contrário, aumentou e o Governo incapaz de poupar lá vem outra vez ao bolso dos contribuintes para financiar o descontrolo despesista de que padece! Depois de cinco anos de constantes aumentos de todos os impostos e taxas existentes, o Governo não foi capaz de apresentar uma redução da despesa de forma a por fim aos constantes défices e consequente divida pública!
Num clima de grande crise financeira, devida ao fortíssimo endividamento externo de Portugal, com o Governo a tentar apoios para novos aumentos de impostos, têm o enorme desplante de vir anunciar o retomar do concurso para o TGV, um dia depois de terem anunciado o seu cancelamento!
Inaceitável!


P.S: Pedro Passos Coelho afirmou que não voltará a reunir-se a só com José Sócrates. É já a terceira pessoa, com responsabilidade, que deixa entender a falta de carácter e palavra do Primeiro-Ministro, depois de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva.

Sócrates no seu melhor...

"Três dias depois, a 31 de Agosto, foi à inauguração de um jardim-de-infância num hipermercado Jumbo. Quem pagou foi o grupo privado, mas Sócrates gabou-se de ter chamado a atenção para a necessidade de se resolver o problema crónico da falta de investimento em creches. No dia seguinte voltou a uma creche, desta vez em Torres Vedras. A instituição era de uma IPSS, e não do Estado, mas o primeiro-ministro foi lá para falar dos desafios do Estado social moderno (...). De resto, das 342 creches abertas entre 2004 e 2008 só duas são públicas(...)."

José Manuel Fernandes in Público


P.S. o título do post é da minha responsabilidade

"Síndroma Sebastiânico"

A opção José Mourinho para treinar a selecção só se explica pela necessidade que temos do Homem Providencial. Como é possível que alguém com responsabilidades directivas na Federação Portuguesa de Futebol possa pensar que a única solução para a selecção é contratar um treinador que está a iniciar um trabalho num clube com a dimensão do Real Madrid, num campeonato tão exigente como o Espanhol? A responsabilidade e a pressão sobre o treinador José Mourinho é tal que a equipa nacional será sempre colocada em 2º plano, pois a entidade patronal será sempre e em primeiro lugar o clube espanhol.
Claro que José Mourinho não poderia dizer que não...estou convencido que será Florentino Perez a dizê-lo por ele.

Eleições Presidenciais

Marcelo Rebelo de Sousa, na sua crónica dominical na TVI, aventou a possibilidade de Cavaco Silva esperar pelo fim da cimeira da OTAN (22 de Novembro) para apresentar a sua recandidatura a Presidente da República. Não consigo descortinar data mais errada! Esperar tanto tempo seria reeditar um problema da candidatura de 1996 que redundou num enorme disparate cometido pelo povo Português. Com uma agravante, desta vez não está em causa a estabilidade governativa do País.
Espero que a seguir às comemorações do Centenário da República, Cavaco Silva possa anunciar ao país a sua decisão, bem antes da apresentação do Orçamento de Estado e da confusão que se seguirá.

A RTP ao serviço de Carlos Cruz

Não pretendo com este "post" tecer qualquer comentário sobre a culpabilidade de Carlos Cruz. Esta foi decidida pelo tribunal que se pronunciou em 1ª instância e continuará a ser suscitada em tribunais superiores.
O que me parece excessivo, até para a RTP, é o tempo de antena dado a um dos arguidos do processo. É certo que Carlos Cruz é de longe o mais mediático de todos os arguidos do caso Casa Pia, é certo que Carlos Cruz esteve muitos anos ao serviço do canal público mas a disponibilidade de Fátima Campos Ferreira(FCF) e Judite Sousa(JS) para que Carlos Cruz apresente a sua visão dos factos é indecorosa! Em planos diferentes, tal a diferença de nível entre uma vulgar FCF e uma profissional como JS, ambas concederam o "prime time" televisivo a um ex-colega para zurzir no sistema judicial português e nos juízes que pacientemente aturaram aos advogados dos arguidos, durante anos, todas as manobras e habilidades judiciárias possíveis.
O inarrável Bastonário da Ordem dos Advogados questionava sobre quem seriam os "poderosos", alegando que os advogados das vitimas e Catalina Pestana tinham um enorme "tempo de antena"...por maior que este tenha sido, jamais será comparável ao tempo de antena acrítico que Carlos Cruz obteve ao longo destes anos, desde o primeiro dia em que foi acusado e que conseguiu "correr" os 3 noticiários das 3 televisões generalistas, chorando e clamando por inocência.

O silêncio dos inocentes

Depois de um silêncio "ensurdecedor", os jogadores da Selecção Nacional de Futebol vieram finalmente manifestar a sua vontade de que a situação inaceitável que se verifica na equipa técnica da equipa nacional seja rapidamente resolvida. Nada de anormal, a não ser o facto de terem demorado tanto tempo. Ficará sempre a dúvida se a altura escolhida não servirá apenas para disfarçar os enormes erros cometidos pela equipa nestes dois primeiros jogos da campanha de apuramento para o Campeonato Europeu de 2012.

Clareza

Depois de ouvir Pedro Passos Coelho no discurso de encerramento da Universidade de Verão do PSD, percebem-se bem as diferenças entre este e José Sócrates. Em Pedro Passos Coelho vimos (e ouvimos) serenidade, clareza e seriedade. PPC disse em relação ao Orçamento de Estado para 2011 o que desejava para o viabilizar e porquê. Qualquer pessoa dotada de um mínimo de bom senso tem que concordar com as condições colocadas pelo líder do PSD. Em relação à proposta de revisão constitucional, serena e detalhadamente, explicou as propostas apresentadas pelo partido, sem histeria nem demagogia.
Em José Sócrates o que vimos foi, infelizmente, bem diferente! Este não resiste às tiradas demagógicas e populistas contra a proposta de revisão constitucional do PSD e à chantagem e à arrogância no que diz respeito ao orçamento para 2011. Os papeis invertem-se, o Primeiro-ministro que deveria ser o referencial de estabilidade e bom senso é o demagogo e o "arruaceiro" de serviço! O líder da oposição, com menores responsabilidades, é quem adopta a posição mais serena, mais séria, sem histerismos nem demagogias...enfim, uma posição de estado.

A voz do dono

Este é um comentário que já tive vontade de fazer várias vezes mas que tenho vindo a adiar, até hoje. Vem a propósito do Trio D'Ataque, programa de comentário futebolístico na RTPN às 3ª feiras. Perante o fair-play e a moderação de Rui Moreira e Rui Oliveira e Costa, temos o facciosismo e o fundamentalismo de António Pedro Vasconcelos, que o levam ao ridiculo de constantes contradições dependendo das cores envolvidas na discussão, às vezes intervaladas por minutos. Perante o comportamento normalmente equilibrado de António Pedro Vasconcelos pré-campeão fica a dúvida sobre se o actual comportamento é inato ou provocado por indicações "presidenciais"!