terça-feira, 18 de outubro de 2011
Onde estavam os indignados em 2009?!
Face à dificuldade das medidas anunciadas pelo governo, os portugueses só podem manifestar-se! Não há dúvida de que o ano de 2012 será o mais difícil de há muitos anos. Mas ninguém pode ficar surpreendido....ninguém pode dizer que não foi avisado! Quando em 2009 os portugueses optaram por mais auto-estradas, mais computadores, mais subsídios, mais parcerias público-privadas, mais escolas faraónicas estavam apenas a "encomendar" o orçamento para 2012...Esperemos que 2012 seja de facto o mais difícil e 2013 não traga mais sacrifícios.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
«Bonitos, ricos e bons»
Paulo Bento mostrou hoje do que é capaz nos momentos decisivos! Hoje foi apenas o corolário de meses de jogos sofríveis contra adversários fracos. Os casos que foi criando com diferentes jogadores conduziram a uma equipa desfalcada dos seus melhores...Que falta fizeram Ricardo Carvalho, Bosingwa e Danny. A falta de espírito de união e de entreajuda revelados pela equipa só podia dar numa derrota com uma equipa minimamente capaz! Tivemos uma campanha de apuramento muito bafejada pela sorte, que ontem não quis nada connosco e foi o que se viu...não trouxemos 4 ou 5 golos para casa porque não calhou!
Os nossos jogadores da Selecção Nacional mostraram hoje que podem ser bonitos, são de certeza ricos, agora bons.....
Os nossos jogadores da Selecção Nacional mostraram hoje que podem ser bonitos, são de certeza ricos, agora bons.....
Demagogia
O sector que mais foge ao fisco em Portugal está preocupado com o aumento da taxa do IVA! Quantos são os restaurantes que passam factura das refeições que servem?! Já para não falar nas padarias e nos inúmeros cafés/snack-bares que pululam por esse país fora! Esses nem conhecem o conceito "factura"!
É preciso, pois, ter muita lata para vir anunciar encerramentos em massa e despedimentos num sector a quem o fisco passa completamente ao lado!
Apesar de tudo, julgo que a hotelaria não deve ficar fora do esforço e se a taxa do IVA para a restauração passar de 13% para 23%, a do alojamento deve passar de 6% para 13%. O que já me parece muito prejudicial é o aumento do IVA para o vinho. Espero que não se esqueçam das Coca-colas e outros refrigerantes, que é vergonhoso que se encontrem com a taxa reduzida, ao nível do leite ou do pão!
É preciso, pois, ter muita lata para vir anunciar encerramentos em massa e despedimentos num sector a quem o fisco passa completamente ao lado!
Apesar de tudo, julgo que a hotelaria não deve ficar fora do esforço e se a taxa do IVA para a restauração passar de 13% para 23%, a do alojamento deve passar de 6% para 13%. O que já me parece muito prejudicial é o aumento do IVA para o vinho. Espero que não se esqueçam das Coca-colas e outros refrigerantes, que é vergonhoso que se encontrem com a taxa reduzida, ao nível do leite ou do pão!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Comparar o imcomparável
Este "post" destina-se a todos aqueles que teimam em comparar o imcomparável, nomeadamente os que recorrem à análise do aumento da despesa (e consequentemente da dívida) na vigência dos diferentes governos e à atribuição da paternidade do "monstro" em função dessa análise!
Sempre me pareceu uma análise errada classificar Cavaco Silva como o "pai" dessa criatura medonha que é o nosso endividamento, por terem sido os seus governos dos que mais aumentaram a despesa.
Como poderia ter sido de outra forma?! Se os governos de Cavaco Silva foram os primeiros a, com alguma capacidade e estabilidade, possibilitarem uma "actualização" das condições de vida dos portugueses após 40 anos de ditadura! Quando o ponto de partida era tão baixo, a mínima actualização só poderia causar crescimentos exponenciais.
O Prof. João Duque, em artigo no Expresso de 24 de Setembro e comentando o "post" de um ex-ministro socialista que consiste numa imagem com os vários primeiro-ministros de Portugal ilustrando com barras o crescimento da dívida, faz uma analogia brilhante que explica bem a diferença nos aumentos da despesa e dívida ao longo dos diferentes governos.
Escreve o Prof. João Duque: " A imagem mostra a taxa de crescimento da dívida de cada governo, ou seja, a sua taxa de variação, mas esta tem um efeito cumulativo. Imagine que em lugar da dívida temos a velocidade de uma viatura...Balsemão recebe um automóvel a rolar a 5 km/h. Como aumentou a dívida em 175% se aplicarmos o raciocínio à velocidade isso significaria que ele o havia acelarado até aos 13,8km/h. Depois veio Mário Soares que lhe dá mais uma sapatada e aumenta a dívida em 80%. A velocidade do carro passa para os 24,8km/h. Como vemos, os efeitos iniciais são fortes, mas como a velocidade de partida é baixa, o resultado ainda se aguenta e a condução não é perigosa. Depois vem Cavaco Silva que acelera até aos 111km/h. São 347% de aumento, mas como o país necessitava de investimento público, ainda não é dramático...Ou seja, o carro rola devagar...Segue Guterres que deixa o carro nos já periclitantes 168km/h e depois vem o impensável. Durão e Santana não conseguem travar e o carro, que acelera 28% passando para os 215km/h, e Sócrates dá-lhe o puxão final: a dívida dispara só 49% e o carro vai esborrachar-se descontrolado a 320km/h."
Esclarecedor!
Sempre me pareceu uma análise errada classificar Cavaco Silva como o "pai" dessa criatura medonha que é o nosso endividamento, por terem sido os seus governos dos que mais aumentaram a despesa.
Como poderia ter sido de outra forma?! Se os governos de Cavaco Silva foram os primeiros a, com alguma capacidade e estabilidade, possibilitarem uma "actualização" das condições de vida dos portugueses após 40 anos de ditadura! Quando o ponto de partida era tão baixo, a mínima actualização só poderia causar crescimentos exponenciais.
O Prof. João Duque, em artigo no Expresso de 24 de Setembro e comentando o "post" de um ex-ministro socialista que consiste numa imagem com os vários primeiro-ministros de Portugal ilustrando com barras o crescimento da dívida, faz uma analogia brilhante que explica bem a diferença nos aumentos da despesa e dívida ao longo dos diferentes governos.
Escreve o Prof. João Duque: " A imagem mostra a taxa de crescimento da dívida de cada governo, ou seja, a sua taxa de variação, mas esta tem um efeito cumulativo. Imagine que em lugar da dívida temos a velocidade de uma viatura...Balsemão recebe um automóvel a rolar a 5 km/h. Como aumentou a dívida em 175% se aplicarmos o raciocínio à velocidade isso significaria que ele o havia acelarado até aos 13,8km/h. Depois veio Mário Soares que lhe dá mais uma sapatada e aumenta a dívida em 80%. A velocidade do carro passa para os 24,8km/h. Como vemos, os efeitos iniciais são fortes, mas como a velocidade de partida é baixa, o resultado ainda se aguenta e a condução não é perigosa. Depois vem Cavaco Silva que acelera até aos 111km/h. São 347% de aumento, mas como o país necessitava de investimento público, ainda não é dramático...Ou seja, o carro rola devagar...Segue Guterres que deixa o carro nos já periclitantes 168km/h e depois vem o impensável. Durão e Santana não conseguem travar e o carro, que acelera 28% passando para os 215km/h, e Sócrates dá-lhe o puxão final: a dívida dispara só 49% e o carro vai esborrachar-se descontrolado a 320km/h."
Esclarecedor!
Subscrever:
Mensagens (Atom)