quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Que país este!

Vivemos num país extraordinário! Depois de anos e anos de regabofe financeiro, todos defendem a necessidade de fazer cortes nos inúmeros benefícios que foram sendo multiplicados por esse país. Mas esta defesa tem um pequenino "mas"; os cortes devem ser feitos aos outros! Quando toca a cada um de nós a reacção imediata é que há sectores piores e que deviam começar pelos outros! É assim com as autarquias, com as empresas públicas, com os médicos, com os professores, etc...
Um excelente exemplo verificou-se ontem. Os inúmeros comentadores que pululam pelas nossas televisões, comentando até à exaustão as medidas tomadas, ou não, pelo governo e normalmente apoiando-as e catalogando-as como indispensáveis, quando se vêm minimamente atingidos reagem desaprovando a actuação do governo das mais variadas formas. O fim das deduções fiscais com saúde, educação e habitação decidido para os dois últimos escalões do IRS parece-me de óbvia justiça relativa para com os restantes escalões. O aumento do IRS para o último escalão é também da mais elementar justiça se verificarmos os sacrifícios que têm sido impostos aos portugueses! O problema é que estas medidas atingem um sector que até agora passava ao lado dos cortes e é neste sector que se encontram jornalistas e os inúmeros comentadores televisivos e estes, que apoiaram aumentos dos transportes, aumentos das taxas moderadoras, congelamento de salários na função pública, cortes nos inúmeros subsídios existentes, ficam agora muito indignados com estes aumentos!
Não vai ser nada fácil ao governo levar a bom termo a enorme tarefa que tem pela frente...

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