terça-feira, 13 de julho de 2010

Bloco Central

Nos últimos dias têm-se avolumado as intervenções a apelar a um entendimento, mais ou menos alargado, entre PS e PSD por forma a reforçar a governabilidade do país.
Não sei o que motiva estas intervenções. Serão as sondagens, cada vez mais negativas para o PS, que motivam as declarações de diferentes personalidades da área socialista? Será a campanha presidencial que se aproxima e a necessidade de criação de factos políticos por parte de candidatos mais ou menos assumidos? Em algumas personalidades, raras, a intenção pode ser a melhor...
Não se percebe é como tal seria possível, tendo o PS e o PSD uma visão tão diferente das soluções para o país. É certo que o PS tem vindo, aos poucos, a deixar cair todas as bandeiras que andou a agitar, demagogicamente, durante os últimos 15 anos, muito por imposição do Ministro da Finanças e não por estarem convencidos de que é o melhor para Portugal. Mas, à primeira oportunidade, cedem à demagogia fácil e barata, como foi visível no recente síndroma anti-espanhol a propósito da PT.
Avaliando o que tem sido o comportamento do governo e do primeiro-ministro, como seria possível um entendimento sério com José Sócrates? Não seria!
A única coligação maioritária possível seria uma coligação à esquerda, sem dúvida o grande objectivo da candidatura presidencial de Manuel Alegre. Imaginem o que seria PS, BE e PCP coligados com Manuel Alegre em Belém! Deus nos livre e guarde de tal desgraça!


P.S.em 19/07: Convinha que o bom senso e a serenidade que Pedro Passos Coelho tem revelado se mantenham e que sejam comuns ao resto da sua Comissão Politica.

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