sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cavaco Silva


O Prof. Cavaco Silva apresentou esta semana a sua recandidatura à Presidência da República. Foi a primeira boa noticia de à uns meses para cá. Depois do triste espectáculo a que assistimos esta semana a propósito da viabilização do Orçamento de Estado para 2011, Cavaco Silva é hoje, de facto, a única garantia de credibilidade no panorama politico português. No seu discurso de apresentação da candidatura, o Presidente interpelou o povo português sobre o estado em que o país estaria sem a sua acção, algo que parece ter incomodado algumas personagens da nossa praça...Não reconhecer o importante papel desempenhado pelo Presidente ao longo do seu mandato, apoiando o Governo quando este o merecia, corrigindo-o quando era necessário, moderando-o muitas vezes, é próprio de quem andou muito distraído. Lembro os mais esquecidos e distraídos de 3 factos muito recentes, para que não tenham que fazer grande esforço. Não fosse a acção de Cavaco Silva e hoje estaríamos a assistir às terraplanagens da Ota para receber um novo aeroporto e à construção do TGV, agravando a enorme divida e défice externo do País.
Divida e défice à qual ninguém daria muita importância a não ser alguns "bota-abaixistas" e "mal dizentes" que ninguém escutaria, não fosse o apoio público do Presidente da República.
Nesta altura estaríamos provavelmente com um governo demissionário e sem Orçamento para 2011 e com o FMI a governar-nos. Foi a pressão do Presidente, algumas vezes discreta e outras vezes bem pública, que forçaram o PSD e o Governo à negociação que culminou hoje com um acordo entre as partes.
3 factos bem recentes que demonstram a importância de ter em Belém alguém com uma credibilidade, uma estatura moral e uma experiência ímpares, que sabe quando actuar, como actuar e em nome de quê.


P.S.- O candidato Manuel Alegre às segundas, quartas e sextas acha que o Presidente interferiu em demasia e que não se deve substituir ao governo; às terças, quintas e sábados acha que o Presidente devia ter actuado mais, que não se pode limitar a falar e que tem que ser mais interventivo. Eu sei que não é tarefa fácil candidatar-se contra Cavaco Silva, ainda para mais apoiado ao mesmo tempo pelo PS e BE, mas assim Manuel Alegre arrisca-se a uma derrota estrondosa que não merece.

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